Capsulite Adesiva: o que é, causas e tratamento

Capsulite Adesiva ou Ombro Congelado

Capsulite Adesiva ou Ombro Congelado é um problema que afeta muitas pessoas. O Ombro é uma articulação em formato de esfera, instável e mantida devido a ação dos tendões, músculos e a cápsula articular. Esses elementos ajudam a dar estabilidade mantendo a amplitude de movimento.

A articulação do ombro tem em sua estrutura a cápsula articular que é uma camada fibrosa frouxa que circunda a articulação. A parte superior desta cápsula reveste a fixação proximal da cabeça longa do bíceps braquial.

A parte inferior da cápsula, por sua vez, é a região mais fraca. Isso porque não há reforço pelos músculos do manguito rotador. Assim, entenda mais sobre o Ombro congelado a seguir e veja como contornar o problema!

Entendendo a Capsulite Adesiva

Também conhecida como Ombro Congelado, a Capsulite Adesiva é quando a cápsula articular fica comprometida. Isso se dá por conta de uma inflamação crônica, que resulta em um espessamento. Assim, ela acaba ficando inelástica devido à fibrose.

Desta forma, todos os movimentos são prejudicados devido a retração capsular. Porém, é preciso destacar a rotação interna e externa. Essa lesão ocorre primariamente na articulação glenoumeral e os músculos envolvidos encontram-se em um alto grau de espasmo. Assim, há uma tendência de acometimento de um ombro (geralmente o não dominante). E, posteriormente, o outro ombro também pode se tornar um Ombro Congelado.

Trata-se, portanto, de uma patologia bastante dolorosa em seu início, inclusive em repouso, e com perda gradual da amplitude de movimento, seja este feito de forma ativa ou passiva. A lenta e longa evolução é o que caracteriza o Ombro Congelado.

Como surge este problema

A origem do Ombro Congelado sempre gera inúmeros debates e discussões pertinentes. Neste quesito podemos dividir a causa em dois segmentos: a capsulite adesiva primária e a capsulite adesiva secundária.

Inicialmente, há indícios de ser decorrente de distúrbios hormonais, como tireoide e diabetes. A hérnia de disco cervical com comprometimento cérvico-braquial severo e problemas cardíacos, como infarto do miocárdio também estão entre os fatores desencadeantes da Capsulite Adesiva.

No segmento secundário, ou segunda hipótese, a origem é traumática, como luxação, queda, imobilização do ombro por longo período. Isso sugere que a causa seja decorrente de um trauma prévio na articulação.

Essa patologia atinge, assim, em grande parte dos casos, as mulheres entre 40 e 60 anos de idade. E o lado não dominante é o mais frequentemente afetado. Em alguns poucos casos, o ombro dominante também é afetado paralelamente ou após a recuperação total do ombro não dominante. Também é possível afirmar que não há uma prevalência racial na Capsulite Adesiva.

Fases e sintomas da Capsulite Adesiva

A Capsulite Adesiva possui três fases:

  • Na primeira há uma intensa dor com início gradual da limitação articular. A dor é espontânea e aparece com mais intensidade à noite. O peso do corpo por cima do ombro doloroso é bastante incômodo. Isso faz com que muitos pacientes não durmam bem e se mostrem irritados ao longo do dia;
  • A segunda fase, caracteriza-se pela rigidez articular com severo impedimento da mobilidade. Aqui se gera transtorno para o paciente ao tentar realizar as atividades do cotidiano como, por exemplo, pentear o cabelo. Nesta fase, observa-se que o ombro fica limitado em todos os movimentos. Mas, a rotação externa e interna mostra-se significativamente mais comprometida;
  • Por fim, a terceira fase da Capsulite Adesiva, é a de recuperação. Nela, a dor e a limitação diminuem gradualmente e a articulação tende a voltar ao estágio normal. Mas em alguns casos persiste certo grau de déficit não possibilitando a recuperação plena da articulação. A duração das fases varia, em média, em torno de quatro meses para cada fase.
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Diagnóstico e causas do Ombro Congelado

Pelo que se tem de conhecimento desta área, o que ocorre é que um tecido cicatricial, decorrente de uma inflamação, se forma em cima do fino tecido. Este fino tecido é a cápsula gerando o seu espessamento. Assim, a medicina ainda não sabe o motivo dessa inflamação. Mas essa mudança faz com que a cápsula se retraia e gere todo o desconforto articular já mencionado.

O diagnóstico costuma ser feito geralmente por meio de exame clínico, com a análise do histórico de patologias prévias e atuais do paciente. Suas atividades funcionais, além de um rigoroso exame físico também têm influência na avaliação deste quadro.

Assim, o médico solicita exames de raios-X, ultrassonografia e ressonância magnética da articulação do ombro. Eles têm por objetivo realizar o fator de exclusão e fazer o diagnóstico diferencial. Eles se aplicam, inclusive, para que se descartem outras patologias que geram sintomas similares. Entre elas é possível citar a bursite, síndrome de conflito sub-acromial agudizado ou a tendinopatia calcificada. Esses sintomas, ainda recorrentes da fase de capsulite adesiva, são dor e severa rigidez articular.

Formas de tratamento mais eficazes para este problema

Para quem sofre com o Ombro Congelado, os tratamentos podem ser divididos em métodos conservadores e métodos cirúrgicos. No âmbito conservador, os tratamentos médicos são feitos com aplicações de medicação anti-inflamatória. Mas não só isso. Também pode ser feita a aplicação de infiltração intra-articular e o bloqueio anestésico do nervo supra escapular. Aqui ele inerva os músculos supra espinhoso e infra espinhoso

O tratamento com acupuntura e fisioterapia também entram como tratamento conservador sendo realizado por profissionais capacitados. No setor da fisioterapia, podemos incluir a fase de analgesia com a eletroterapia e calor, movimentação passiva suave e liberação miofascial. A fase de movimentação ativa para ganho de amplitude e fase de fortalecimento após a amplitude de movimento ser recuperada.. Assim, os procedimentos cirúrgicos ficam apenas para casos mais graves, com rigidez muito persistente. Todavia, o paciente não deve fazer a cirurgia antes de tentar o tratamento conservador, de acordo com o diagnóstico e recomendação de seu fisioterapeuta.

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